HISTÓRIA DA
LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA
OCIDENTAL – PARTE 54
LITERATURA ALEMÃ
Richard Dehmel
Próximo ao
individualismo nietzscheniano encontra-se o escritor Richard Dehmel
(1863-1920), que se distancia, no entanto, sob o ponto de vista
moral-político, por sua visão socialista do mundo. Richard Dehmel é
dotado de intenso sensualismo, preocupações cósmicas e sentido
moral revolucionário, consequente de sua adesão ao proletariado. A
produção lírica deste escritor, que se insere entre o naturalismo
por sua técnica e o simbolismo por sua expressão, está coligida em
“Erloesung der Venns”, “Zwei Menschen”, “Schoene wild
Welt”. Pertencente a poesia de inquietude, aparece, a seguir, o
poeta Arno Holz (1865-1929) caracterizado pela grande liberdade de
expressão e pelo emprego do verso livre. Já Stefan George
(1868-1934) inicia a “arte pura” e vã, ao estabelecer a missão
da poesia no anunciar dos novos tempos (…) quando a humanidade
encontraria o equilíbrio e a grandeza pelo culto ao Sol, à raça e
ao sangue. O impressionismo literário alemão, anunciado por
Nietzsche, considera somente o mundo atingível através de
impressões provocadas e captadas pelo poeta, que se define por ser o
cuidadoso e perfeito observador da vida interior. Impressionistas são
Hugo von Hofmannsthal (1874-1929), Rainer Maria Rilke (1875-1926),
Stefan Zweig (1881-1942) e Hermann Hesse (1877-1962). Já o
expressionismo julga impossível a transcrição poética dos
fenômenos da vida interior pela violência com que são
caracterizados e rejeitam, sob o ponto de vista estético, qualquer
separação entre forma e conteúdo; o credo artístico do
expressionismo é divulgado pelas revistas “Tempestade” (1910),
“Pan” (1910), “As Folhas Brancas” (1913) e o “Forum”;
entre os representantes do expressionismo – termo lançado por
Otto zur Linde, em oposição ao impressionismo – podem ser
citados: Ernst Juenger (1895), Carossa (1878), Ina Seidel (1885),
Kolbenheyer (1878), Kafka (1883-1924), Remarque (1898), Zuckmayer
(1896) e, principalmente, por Bertold Brecht (1898-1956). As diversas
tendências do modernismo – impressionismo, expressionismo, “neue
Sachlichkeit”, simbolismo etc. – coexistem e, muitas vezes, são
seguidas em fases diferentes pelos mesmos artistas.
Fonte: “Os
Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume
7, páginas 101/102.
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