segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Literatura Portuguesa - Parte 08.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA – PARTE 8

Afonso VII não reagiu à afronta, e a paz entre os dois primos reinou até 1135, ano em que o Infante Afonso Henriques voltou a invadir a Galícia. Mas, desta vez, as coisas não ocorreram como dantes, e as forças “portuguesas” foram quase totalmente destroçadas pelos exércitos de Afonso VII. Todavia, novamente sem que se tenha uma explicação satisfatória para esse comportamento, Afonso VII não se preocupou em perseguir as tropas invasoras que se retiravam derrotadas, nem em punir o seu primo pela audácia que tivera em invadir terras do seu império. Errou Afonso VII, e o futuro se encarregou de mostrar isso. De fato, nem bem dois anos haviam passado e Afonso Henriques invade novamente a Galícia e desbarata as forças locais na célebre Batalha de Cerneja. A sorte parecia sorrir para o infante “português” e os seus aliados de Navarra e Aragão, quando as fronteiras do sul foram invadidas pelos sarracenos. Ao mesmo tempo, chegavam notícias de que Afonso VII marchava contra ele à frente de um poderoso exército, depois de ter derrotado as forças navarro-aragonesas. Metido entre dois fogos, Afonso Henriques foi obrigado a pedir paz ao seu primo, o imperador, jurando-lhe vassalagem. 
 
Conseguida a paz, o inquieto infante voltou suas armas para o Sul, contra os sarracenos, onde em 25 de julho de 1139, vence a célebre Batalha de Ourique, que, mesmo reduzida às suas devidas proporções, é considerada pela maioria dos historiadores como “a pedra angular da monarquia portuguesa.” (Alexandre Herculano, História de Portugal.) Nessa batalha, os soldados, entusiasmados com a vitória conseguida contra os muçulmanos, aclamaram rei a Afonso Henriques, que, a partir daí, passou a usar esse título nos decretos e proclamações.

Animado por essa vitória e disposto a se vingar da humilhação de 1137, Afonso Henriques (Afonso I de Portugal) invadiu novamente o território da Galícia no ano seguinte. Abandonando a frente aragonesa, o imperador marchou com suas tropas para opor-se às forças portuguesas”. Os dois exércitos defrontaram-se em Valdevez (1140), onde Afonso VII foi batido, não numa baralha campal propriamente dita, mas num torneio, como comum da Idade Média, época em que as guerras e as batalhas nem sempre “eram para valer.” Agora foi a vez do imperador pedir a paz, que foi conseguida mediante um armistício que deveria durar até a assinatura de um tratado de paz definitivo. Esse tratado foi finalmente assinado em Zamorra, em 1143, ocasião em que o imperador reconheceu a independência de Portugal e o título de rei assumido pelo seu primo Afonso Henriques. Estava oficialmente estabelecida a nacionalidade portuguesa. 
 
Obs: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor ver a data da edição do livro. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.

Queridos amigos!

Eis que mais uma vez, depois de um breve período de descanso, retornamos, eu e nossos dois espaços, o Arte & Emoções e o Literatura & Companhia Ilimitada, ao prazeroso convívio de todos vocês, razão maior e fomento da nossa permanência neste mundo maravilhoso.

Agradecemos de coração pelas valiosas atenção e compreensão, na esperança de poder continuar sendo merecedores desse apoio que somente nos fortalece.

Muito obrigado e beijos do coração de todos!

“Que DEUS seja louvado!” 

Rosemildo Sales Furtado


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