quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Grandes vultos: Joaquim Nabuco - Parte 02.

Barão de Vila Bela

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
JOAQUIM NABUCO – PARTE 02
De volta a Recife, com a ascensão do Partido Liberal, consegue, com ajuda do Barão de Vila Bela, Domingos de Souza Leão, um dos chefes do Partido, eleger-se deputado às cortes, em 1879. Na Câmara seus discursos, sua posição política, logo o fazem destacar-se como homem brilhante mas perigoso: defendia a eleição direta, a presença de acatólicos no Parlamento e, sobretudo, a abolição. Nesse tempo o problema dos escravos já se havia tornado maduro, ou, pelo menos estava amadurecendo, mas poucos parlamentares tinham a necessária coragem para dar ao movimento que se iniciava o vigoroso impulso e o apoio parlamentar de que ele precisava. Entre os partidários dos escravos havia os emancipadores e os abolicionistas, os primeiros desejavam a abolição com indenização, e os segundos , a abolição imediata sem indenização. Joaquim Nabuco, pela sua atividade, inscreveu-se entre estes últimos.
Participou dos trabalhos parlamentares até extinguir-se o seu mandato, em 1881, e nas eleições seguintes, em virtude dessa mesma atividade abolicionista, foi excluído da chapa dos representantes de Pernambuco. Candidata-se pelo Município Neutro, mas não consegue ser eleito. Decide então exilar-se por algum tempo na Europa, fixando sua residência em Londres, para revisar suas próprias ideias, e escreve (1883) o Abolicionismo, que é, sobretudo um libelo contra a classe dominante, pela sua atitude perante o problema da escravidão. E soube, ao contrário dos românticos do abolicionismo, ligar o problema escravo ao problema da própria nacionalidade e dos interesses econômicos brasileiros, pois ao mesmo tempo em que lutava pela abolição, lutava para que se dessem terras aos futuros emancipados e pela “reforma agrária”, expressão que seria o primeiro a usar no Brasil. Era o que ele classificava de “democratização da terra”.
Na Inglaterra esteve sempre em contato com a Anti-Slavery Society, que o enviou como seu delegado ao Congresso para a Reforma dos Direitos das Gentes, em Milão, em1883.
Continua
LEONCIO BASBAUM
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2 comentários:

Daniel Costa disse...

Como me considero muito Brasileirão, aprecio saber o mais possível do Pais irmão. Por isso li com muita atenção.
No mesmo contexto, o meus próximos livros, dois já em edição: SENHORA DO MAR (poesia) e BRASIL - O SORRISO DE DEUS (história da colonização) serão distribuídos no Brasil, pela Editora Chiado, de São Paulo.
Saudações

Andre Mansim disse...

Bela postagem, e belo começo!
Vamos esperar o restante.

Parabéns!

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